tag:blogger.com,1999:blog-8626099040323972091.post7949251973059884445..comments2010-04-12T05:13:10.355-07:00Comments on Fábio Lacerda: A propósito de FoucaultFábio Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/00729005108076823942noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8626099040323972091.post-40049388348364020172009-03-01T07:03:00.000-08:002009-03-01T07:03:00.000-08:00Foucault, em que pese todas as imposturas, merece ...Foucault, em que pese todas as imposturas, merece ser lido. O próprio conceito de biopoder não é lá tão equívocado - ou melhor, é bastante correto no diagnóstico, mas falha no estabelecimento da genealogia do problema. Ocorre, todavia, que autores conservadores desde o século XIX já apontavam o dedo para a cara do gigantismo estatal e o tipo de condicionamento a que seus súditos ficam sujeitos. Foucault viria a oscilar durante a vida toda entre modernismo (dedicando panegíricos à revolta gay de São Francisco etc.) e antimodernismo (apoiando a revolução iraniana etc.) Poder-se-ia até dizer que o que ele de fato odiava era a civilização que criara os "mecanismos disciplinares", e não propriamente estes últimos, em abstrato. No fim da vida, escreveu, para o Le Novel Observateur, tal passagem esclarecedora sobre a revolução de Khomeini: “Me sinto embaraçado ao falar do governo islâmico como ‘ideia’ ou até mesmo como ‘ideal’. Mas como ‘vontade política’, isso me impressionou. Me impressionou no seu esforço para politizar, em resposta a problemas atuais, as estruturas indissociávelmente sociais e religiosas; me impressionou na sua tentativa para abrir na política uma dimensão espiritual".<BR/><BR/>Abração.Anonymousnoreply@blogger.com